30 de novembro de 2009

Pra descontrair: Laerte

Dando um dois-altos pra tristeza e trazendo o riso na marra!

Não! Imagina se ele usa o Predador Card?!

¬¬

Será que bate onda?

Será que eles conseguem realmente ter esses lapsos?

Eles gostam é de se exibir!

Pais: sempre acham que estamos contrariando as regras...

Acho que o Gato de Laerte tá doidão!

Topa?

Tá vendo?!

Fonte: Laerte

28 de novembro de 2009

Nem o cheiro...

Não adianta
Me ver sorrir
Espelho meu
Meu riso é seu
Eu estou ilhada...

Acordei nessa manhã sentindo o gosto e o cheiro do sangue. Sabia que a flor mais bonita tinha espinhos escondidos sob suas pétalas, aquela beleza não é gratuita e serena. Recebi o pior "bom dia" de minha vida, queria fugir dali, queria esquecer a dor que aquele espinho me causou. Meu coração está agoniado como um siri na lata, como um bicho que definha e espera o momento do abate.

...Hoje não ligo a TV
Nem mesmo pra ver o Jô
Não vou sair
Se ligarem não estou...

A noite, embriagada por desejos e fantasia, sofreu um abrupto choque de consciência. Uma porta se fechou, meu coração se debate angustiado, meus olhos teimam em não deixar lágrima sequer rolar pela face triste. Aquela porta fechada e as palavras alheias fizeram com que meu jardim perdesse o brilho, o encanto. Nem o brilho da flor mais bonita serenou, na verdade, foi ela que causou esse estrago. A ponta de meu dedo ainda sangra, se esvaem as esperanças, a alegria, a serenidade, se esvai aquele sopro de felicidade gratuita.

...À manhã que vem
Nem bom-dia eu vou dar
Se chegar alguém
A me pedir um favor
Eu não sei
Tá difícil ser eu
Sem reclamar de tudo...

Desejo esquecer esta manhã. Saí, além de ressaca, com o coração partido. Me perdi nos caminhos tortuosos de desejar aquela flor, me perdi na fantasia e no sonho que ela fez brotar. Não era minha, sabia, mas não precisava ter tanta certeza e nitidez. Nem o mar serenou meu peito. Hoje o dia foi uma sucessão de segundos impregnados de dor e angústia, hoje não quero ver ninguém ou sorrir para ninguém. Tenho a convicção de que estava completamente equivocada sobre aquela flor. Achei que ela estava em meu jardim, mas esta flor é errante e deixa como herança um dedo furado e um coração atormentado.

...Passa a nuvem negra
Larga o dia
E vê se leva o mal
Que me arrasou
Pra que não faça sofrer
Mais ninguém...

Agora espero que os segundos passem depressa e levem esse amor pra longe. Não quero mais desejar a flor, quero meu jardim de volta, quero minha paz de volta. Consegui tocar os extremos em sete dias, consegui me convencer da paixão que existia, tento me convencer a levantar e esperar que esses dias passem depressa. Quero me esconder de tudo, tentar chorar num canto escondido sob a sombra de alguma árvore. Preciso fazer um curativo neste dedo que jorra meu sopro de vida, meus sonhos mais escondidos, meus desejos

...Esse amor
Que é raro
E é preciso
Pra nos levantar
Me derrubou
Não sabe parar
De crescer
E doer...

Assim como a música Nuvem Negra (Djavan), quero só que passe essa nuvem e que o sol volte a brilhar, como em o Sol Nascerá (Cartola). As lágrimas estão guardadas e dificilmente sairão, o peito dói e dificilmente aceitarei sentir novamente aquilo pelo que hoje sangro. O dia perdeu o brilho e as ervas daninhas voltam a se alastrar brandamente pelo meu jardim, que hoje também perdeu seu brilho... Só restou a lembrança da flor


24 de novembro de 2009

Ilegais

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Olhos ilegais

Ilegais, inocentes, indolentes... Além da sensualidade dela (coisa vista apenas em Gal, para mim), há essa música fantástica e que acaba por me transpor para aqueles momentos onde compartilho o sonho, a fantasia... Me ponho Ilegal!

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você

Me pergunto se ainda há espaço para mais querer, mais carinho... Apenas quero o brilho da flor mais bonita do meu jardim. Pode ser inverno ou verão, mar ou rio, apenas aquele brilho Ilegal me satisfaz. As ervas daninhas morreram no meu jardim, não tem mais espaço para o que não brilha. Todas as outras flores e seres ganharam uma luz diferente, acho que a beleza realmente está em meus olhos!

E, como não há beleza maior, segue um vídeo com imagens tão belas quanto a flor. Ilegais, Vanessa da Mata, Paraty (RJ).




23 de novembro de 2009

Azarro Pour Homme

Descobri o perfume da flor mais linda do meu jardim... Descobri que ela exala, na dose certa, esse perfume que me embriaga. Ainda estou nas nuvens perdidas do querer, ainda faltam palavras para descrever. Me aventuro nessas linhas perdidas tentando sistematizar esse turbilhão de informações e sensações, tentando racionalizar algo que apenas sinto e que me toma o corpo!

Sentir aquele perfume a me tomar o corpo e a alma me fez encarar caminhos deliciosamente tortuosos. Não saber o que esperar me aflige, mas é a aflição mais estonteante que existe! Mergulho naquele olhar e sou regada pela mesma água que a alimenta. Rendo-me diante do olhar da flor mais bonita do meu jardim... Acordo e vejo que foi verdade, que foi real, que existe o perfume dela impregnando a minha alma.

Carrego o riso bobo, a face rubra, a felicidade que exala e não se esconde. Carrego o sabor do beijo e a doçura do carinho gratuito, fraterno, sereno. Só meu coração que não aquieta e bate tão rápido quanto o ritmo do samba, bate no mesmo compasso desconfiado que o dela. Fazemos carinho sem jeito, sem fórmula, carinho e desejo que tomam as ações e nos deixam constrangidos.

Há quase um ano rego essa flor, rego esse amor desmedido. Todas as dúvidas e as dores desaparecem quando sinto seu perfume, quando tenho seu cheiro a me embalar o dia. Sinto meu coração quente e acolhido, isso importa e dói. As lágrimas rolam sobre a face, dividem o mesmo espaço do riso, pintam o amor que mora no peito.

Partilhar o colo e o carinho, partilhar as piadas sem graça e as impressões sobre o mundo. Vamos giuando as mãos e nos rendemos a esse doido querer. Com ela partilho meu coração, meu amor, meu carinho. Partilho as coisas boas que tenho em mim.

20 de novembro de 2009

Vem andar comigo

Vem andar comigo... Essas serão mais algumas palavras que escrevo apenas para mim. Quem não sabe que jamais as direi pra você? Bem, fica aqui o exercício, a falta de coragem e um turbilhão de emoções.

Ainda lembro como se fosse hoje. Aquele sorriso tinha que ter alguma coisa a mais, não foi à toa sentir aquele arrebatamento e encanto instantâneo. Fiquei andando em círculos por não conseguir entender que coisa era aquela que fazia meu coração bater descompassado. Nem sabia ao certo seu nome e, ainda assim, me causava um contentamento desmedido apenas por te ver.

Depois veio a parte surreal. Vibrei ao receber aquele convite, bebia cada palavra dita e fiquei com a cara de besta (sempre fico!) sem acreditar que estava contigo naquela mesa de bar, sem acreditar que estava a seu lado. Acho que aquela foi uma das noites mais felizes que tive. Passei mais de um mês só a lembrar de cada segundo que estive a seu lado.

Depois foi ficando cada vez mais intenso e prazeroso. Já não conseguia esconder a (imbecil) felicidade face seu carinho gratuito. Me sinto a teu lado como a única mulher existente sobre a Terra. O coração palpita, as mãos gelam, a boca fica seca e o suor pinga do rosto. De tanto não acreditar, ficava a te velar o sono. Acordava no meio da noite apenas pra te ver dormir sereno. Todas as músicas te traziam a meu pensamento, passei a nem precisar de músicas para isso.

Tantos outros passaram e passarão, mas apenas você me tira do eixo e me faz bailar nessa ciranda doida de não te ter. Jurava que não poderia passar de contentamento gratuito e de te aceitar assim, livre. Fico encantada com a falta de jeito que temos, com o seu sorriso estonteante, com a sua capacidade de rir de minhas piadas infâmes e por sua curiosidade acerca de meu mundo.

Você esteve presente em mim mesmo quando estava longe, mesmo quando havia silêncio, mesmo quando eu estava em outros braços. Te carrego no peito e na mente. Te admiro, tenho orgulho de ti, te acho o cara mais sensacional que já conheci. Me encontro em teus olhos e fico sem graça ao te fitar. Parece que teu olhar me desarma, me aninha, me seduz... Acho que você já sabe que causa tudo isso, né?!

Bem, acho que a ficha caiu essa semana. Há quase um ano estamos nessa queda de braço, finjo que não ligo, que tá tudo certo. Acho mesmo que tá tudo certo, mas parece que algumas barreiras foram transpostas e hoje tá difícil te ter tão pouco. Começo a admitir que tá difícil segurar a onda e as lágrimas. Calma! Você não me faz mal! Apenas acho que aquele brilho do sorriso tomou de assalto meu coração e tá difícil dizer não. Você me faz feliz. É o seu sorriso, seu olhar, sua gargalhada que espero, é o seu beijo que se encaixa no meu...

Essa é uma daquelas situações difíceis de resolver. Somos livres demais até pra isso! Mas eu quero encontrar um caminho a seu lado, não importa qual seja...

Vem andar comigo!

18 de novembro de 2009

Um pedaço de qualquer lugar

Ouvindo Dia Branco me deu uma vontade danada de escrever sobre isso... Sou um pedaço de alguma coisa, de algum lugar. Meu coração transborda anseios e expectativas de algo que sei que não há respostas (não as que quero ouvir), de um outro coração que se coloca distante. Teimo em dizer que me satisfaço apenas com sua existência, sabe por quê? Porque é apenas isso que tenho... A certeza de que ele existe é a única coisa que possuo. Meu coração fica apertado e continuo dizendo que isso tudo é muito tranquilo... Não é!

Vou lançar pesticida nesse jardim e acabar com essas flores, dores e ilusões... As ervas daninhas me tomam a mente.

11 de novembro de 2009

Saudade

Nunca pensei que pudesse o homem sentir tanta saudade.
Dizem que a palavra não existe em nenhum outro idioma...
mas eu conheço o seu significado.
A alma procura a outra na velocidade do desatino.
Não há lugar senão para a busca.
Nenhuma satisfação que não seja o encontro.
Nenhum engano possível.
A alma sabe exatamente qual a outra é.
É aquela.
Em tudo maravilha, encontrada seria uma.
Um eterno abraço.
Por que não cala o trovão da mente?
Por que não seca a lágrima da obsessão?
Por que não cessa esta falta que enfraquece?
Essa dor que apenas cresce.
Porque não fecha o peito ardente.
Demente.
Ouve o abismo presente, ouve o ruido dos passos...
Então cai eternamente.
Eu não sei se é verdade que de saudade também se morre mas, é melhor morrer do que sentir saudade.

Domingos de Oliveira.

Vermelho

Mais uma vez o sol passa por cima de meu jardim. Dessa vez ganhei um doce beijo do tempo e tenho meu coração vivo, pulsando, vibrando. Tenho incertezas, tenho medos e receios, tenho uma vontade de chorar que não passa. Ouço a mesma música há alguns dias e não tiro da mente o sorriso da mais bela flor do meu jardim. Rego meu jardim secreto com as lágrimas que não derramei, com as alegrias que não senti, com o aperto no peito que agora se faz presente.

Tenho a alegria e a angústia convivendo dentro do mesmo coração. Estão em disputa visceral e deixam meu sofrido peito aos frangalhos. Tenho as incertezas dos que sonham, tenho as dores dos que lutam. Tenho o riso da flor mais bonita do meu jardim, pena que ela não seja minha. Não sei se pena por não tê-la é o correto, talvez esta seja a única forma que a tenho, talvez ela só exista para contemplação. Dói deixá-la partir e fechar as janelas de meus sonhos. Dói dizer que é somente contemplação. Há um ano a cultivo, há um ano não penso em nada além de sua beleza e bem querer. A flor mais bonita de meu jardim é um Zahir...

Tenho medos e angústias. Tenho dores e vazios. Carrego no peito a dúvida e na mente os sonhos. O tempo passa rápido demais, o suficiente para me sentir desorientada com tantas respostas a dar e tantos anseios a sentir. Procuro o que é belo, o que é bonito, o que aquece meu coração e afaga minha alma. O beijo da flor mais bonita de meu jardim desperta uma luz fugaz que depois se transforma em escuridão. Acendo uma vela pra não deixar que aquele brilho desapareça tão depressa.

Ah! Tênue linha da loucura!

Carrego no peito o Amor e a Loucura. Carrego as dores dos amores que não vivi, os sorrisos que não despertei e o choro que não sai. Rego meu jardim secreto com as águas das tempestades anunciadas e dos ventos que desafiam as procelárias. Me sinto essa pequena ave a desafiar o rugido do mar e a morte nas pedras. Renasço ao envelhecer. Dou mais um passo em direção à utopia. Dou mais uma pausa por duvidar de sonhos. Cambaleando, caindo e tropeçando. Assim levo a vida, assim amo e me deleito. Tudo tem que ser de maior risco e de maior dificuldade. Sou como a Petrobras: O desafio é nossa energia!

Só aquele beijo é que não me larga a face. Só aquele olhar faz meu peito vibrar. Só aquele sorriso consegue despertar algo alheio a tudo isso. Me perco em cada nuance, em cada caminho, em cada passo que sou guiada. Deixo de ser a dona do jardim, deixo de ter dores ou angústias. Apenas sou a única mulher na face da terra. Parece que a lua cheia inventa de aparecer como holofote e me põe no centro de um palco onde só há dois atores em cena. Apenas esqueço do resto, da vida, do mundo. Apenas tenho o foco em cada traço, riso, som ou toque. Me perco em suas linhas e me acho em suas pétalas. A flor mais bonita do meu jardim pode até não ser minha, mas tenho a nitidez que sou dela!