25 de maio de 2010

Cheiro de terra


Meu coração tá teimando em bater descompassadamente, certas manhãs ganham mais brilho e beleza de repente. As tarefas do dia se perdem entre uma lembrança e outra daquele riso meio sem jeito... Meu rosto se enrubesce e fico a esconder a pontinha de alegria que certos atos me causam. Me aproximo ainda mais das montanhas, na verdade, as trago para perto.

Expando meu jardim e experimento sensações que não fazia idéia do bem que me fazem. Construir uma imagem, alimentar um desejo, criar fantasias possíveis, têm me feito caminhar calmamente em direção aos sonhos escondidos e às pontas desse emaranhado de expressões daquilo que sou ou sinto. Certas coisas não necessitam existir de fato (sempre repito isso!), certas coisas "acontecem do nada", como marés de março em setembro ou uma conversa despretenciosa ao longo do dia.

Alimentar essa fagulha que estremece meu peito não me põe em nuvens ou algo do tipo. Termino por começar a entender um pouquinho mais de liberdade, um pouquinho mais sobre o que quero (não mais o que não quero). Meus pensamentos se ocupam com mais uma fantasia... Antes viver de sonhos bons!

A brisa que vem do alto traz o cheiro de terra molhada.

Mais um riso displicente brota em meu jardim!

Um comentário:

Amandla Awetú disse...

A Lili todinha nesse texto. Parei de escrever textos assim. As pessoas me conheciam mto rapidamente.rs