25 de maio de 2010

Ansiedade



Entre café e cigarros as noites passam depressa. Procuro nos pincéis digitais a válvula de escape para esse bichinho que tá me agoniando o peito. Insisto em pensar e dar outros nomes para aquilo que bem conheço: ansiedade. Parece que tá tudo fora do lugar. As roupas, os livros, os textos, a aranha que teima em se esconder (mal sabe o medo que ela me dá!). Mais um café, mais um cigarro...

Assistir o nascer do sol pela janela não deveria ser um grande programa, não quando se está na frente do computador numa madrugada de chuva. Talvez não seja o local, quem sabe as outras tantas razões que fariam disso um acontecimento extraordinário?

Volto aos pincéis digitais e deixo a imaginação fluir em meio às cores e formas que rabisco na tela. Nem a lentidão torturante do processador me tira do sério... Há o riso bobo que sempre brota pelas frestas da impaciência. Pena que os dias demorem tanto a passar, além de parecer que quando se está mais perto, o danado do relógio inventa de se arrastar morosamente e me faz assim: impaciente e deliciosamente ansiosa! Sim! É delicioso sentir o friozinho na barriga, não saber onde se pisa, jogar esse "baba" com chuteiras sem travas.

tic, tac, tic, tac...

Um comentário:

Amandla Awetú disse...

Só sabe quem te conhece, sinceramente...
O melhor é q esse tipo de texto serve para inúmeras situações.