O mundo não vai deixar de ser mundo só porque amo, corro, ando, viajo, escrevo... O mundo vai continuar a ser mundo após a partida de cada um de nós. O mundo é mundo e o resto é abstração. Uso minha capacidade de abstrair ao criar, viver e sentir um mundo, meu mundo, meu ponto de vista. Parto de algum lugar e sigo por caminhos que só podem ser traçados por mim. Carrego sentimentos, dores, alegrias, anseios. Faço o meu céu ter cores berrantes, vejo sons e ouço cores. Tenho a liberdade de tê-lo assim.
Mesmo que o mundo continue mundo, posso devanear e enxergá-lo a meu modo. Óbvio que o mundo dos outros me influencia, e adoro descobrir as reentrâncias possíveis entre mundos diferentes. Sigo a passos largos os sonhos que me surgem, faço deles meu alimento, faço dos meus devaneios a morada. O mundo vai continuar a ser mundo e as pessoas vão continuar a senti-lo de diversas maneiras. A diferença reside na capacidade de abstração possível, na capacidade de ver o mundo do jeito que ele é e enxergá-lo do jeito que se deseja.
“A morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti” John Donne
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