17 de fevereiro de 2009

E meu canto fez-se pranto

Talvez eu não consiga explicar para ninguém o que as lágrimas que agora rolam em minha face significam. Talvez eu nem saiba o que essa dor significa. Talvez ela só exista e me consuma. Há muito e muito tempo não sinto algo assim... Do mesmo jeito que foi mágico e intenso agora se desfaz. Se desfaz em minha alma a magia que outrora acreditei existir. Mas ela existiu! Tanto existiu que agora me toma os sentimentos de perda, de vazio, de solidão e tristeza. Meu canto fez-se pranto. Minha criatura se tornou maior que eu. Meus desejos consumiram minhas energias até não mais existir nada, nada. Achei que não sentia nada, só achei. Não passou dois dias e a dor toma conta de meu peito. A voz tá embargada, o coração apertadinho. Meu desejo se tornou maior que eu, maior do que meus pueris limites imaginários. Agora? Não sei o que faço com esse turbilhão de emoções que correm feito cavalos selvagens na imensidão.

A vontade e o desejo me consumirão sempre. Jamais abandonarei estes parceiros nem tanto leais. Mas só quem vive tudo junto e ao mesmo tempo sabe o doce sabor de acreditar em magia. Do mesmo jeito que agora, mais uma vez, experimento o amargo sabor da tristeza. Viverei minha tristeza sem hesitar, ela também é parte desse todo que me consome.

Em meio aos dias de folia me sinto como uma colombina... Meu pierrot? Talvez esteja bailando também tentando se reerguer daquilo que não ajudei a construir.

Sou a terceira pessoa do singular.

Sou um "l" minúsculo em arial...

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