Tá até parecendo "Filtro Solar", que, brilhantemente, Pedro Bial publicizou e me encantou!
Acho que algumas dores vão ficando mais suaves com o passar do tempo, ou talvez tenha aprendido a lidar com elas. O futebol ainda me mantém irracional e o mundo precisa parar às quartas e domingos. Acho que no resto eu consigo domar meus cavalos selvagens!
Minhas janelas estão fechadas para meu jardim, talvez seja a hora de abandonar algumas das nuances pueris que ainda existem em mim. O espinho da flor espetou meu dedo, só que acertou uma cicatriz antiga e a fez sangrar. Como já conhecia o ferimento, foi mais fácil parar de doer e perceber que não era o fim do mundo. Meu dedo até dói, mas a dor não ganha a centralidade e me esforço para curá-lo o mais breve.
Por ser um amor "assim, assim", a cura também se formula nesses termos. Basta dar um "dois-altos" e pensar na vida. Hoje consigo ver o horizonte. Talvez desamar não seja tão ruim assim. Basta acumular o aprendizado de todas as outras vezes que isso aconteceu, juntar com um pouco de tranquilidade, misturar as experiências e colocar uma pitada de riso. Talvez só me reste o sorriso. Não há tristeza em meu olhar, há estranhamento e desconforto... Nada mais!
"A minha herança pra você
É uma flor com um sino, uma canção
Um sonho, nem uma arma ou uma pedra
Eu deixarei"
Não acabarei com meu jardim, apenas fecho os olhos e deixo as ervas daninhas continuarem o ciclo da vida... Ressignifico!
Um comentário:
Lili, você escreve muito bem. Amo vvisitar seu blog!
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