3 de dezembro de 2009

Minha a herança: uma flor

Sei que não é muito... São apenas 26 primaveras (nasci na primavera!) que mais se parecem com verões tórridos. Sou dada ao calor, vai que é por isso! Gosto de tacar fogo em tudo aquilo que não acredito. Bem, 26 primaveras após, apenas vou ficar aqui falando de coisas que acho que acredito...

Tá até parecendo "Filtro Solar", que, brilhantemente, Pedro Bial publicizou e me encantou!

Acho que algumas dores vão ficando mais suaves com o passar do tempo, ou talvez tenha aprendido a lidar com elas. O futebol ainda me mantém irracional e o mundo precisa parar às quartas e domingos. Acho que no resto eu consigo domar meus cavalos selvagens!

Minhas janelas estão fechadas para meu jardim, talvez seja a hora de abandonar algumas das nuances pueris que ainda existem em mim. O espinho da flor espetou meu dedo, só que acertou uma cicatriz antiga e a fez sangrar. Como já conhecia o ferimento, foi mais fácil parar de doer e perceber que não era o fim do mundo. Meu dedo até dói, mas a dor não ganha a centralidade e me esforço para curá-lo o mais breve.

Por ser um amor "assim, assim", a cura também se formula nesses termos. Basta dar um "dois-altos" e pensar na vida. Hoje consigo ver o horizonte. Talvez desamar não seja tão ruim assim. Basta acumular o aprendizado de todas as outras vezes que isso aconteceu, juntar com um pouco de tranquilidade, misturar as experiências e colocar uma pitada de riso. Talvez só me reste o sorriso. Não há tristeza em meu olhar, há estranhamento e desconforto... Nada mais!

"A minha herança pra você
É uma flor com um sino, uma canção
Um sonho, nem uma arma ou uma pedra
Eu deixarei"

Não acabarei com meu jardim, apenas fecho os olhos e deixo as ervas daninhas continuarem o ciclo da vida... Ressignifico!


Um comentário:

Gal disse...

Lili, você escreve muito bem. Amo vvisitar seu blog!