16 de junho de 2009

À poesia

Na hora do sono me dá a vontade de escrever pra ti. A poesia vem e o cansaço não permite pegar o caderno e a caneta distante da cama. Luto bravamente contra ele, mas o travesseiro insiste em se mostrar confortável e o corpo já não obedece ao desejo de te desenhar em minhas letras. Memorizo as palavras, as impressões, os desejos. Mas já não há tempo, a preguiça se mostra mais forte, o sono vem de mansinho e me vence.

Acordo pela manhã e aquelas linhas que vagaram em minha mente voltam com o mesmo desejo... Já não consigo esperar, já não consigo esquecer. A poesia do cotidiano me inunda, me toma o corpo, vibro em outras freqüências. Já não sou aquela que esquecera o sabor de acreditar em magia. A poesia se faz presente e se mostra enquanto alternativa, enquanto caminho a ser seguido. Sigo!

Me dizem que não há mais tempo pra isso, que essas bobagens não fazem parte de meu universo. Mas quem disse que não há espaço para a poesia? Escolho o caminho de sentir profundamente o suave som de uma gota de chuva que cai nas ruas. Sinto a lua que brilha escondida por trás das nuvens. Tento não me perder nesse mar de fortes emoções gratuitas e serenas.

Me encontro em um mundo distante. Em um planeta que não sei o nome, o tamanho que tem, o que me causa. Apenas vibro na freqüência dele, a esperar por ele. Pode ser fuga, pode ser fantasia. Não importa o que seja. Acredito porque sinto... E se consigo sentir é porque existe. Pode ter qualquer nome, qualquer sentido, qualquer propósito. Sei que essas palavras encontrarão acolhida em algum lugar. A mesma sensação que hoje sinto.

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