17 de agosto de 2009

Tempestade em copo d'água


Deveríamos vir com um manual de instruções para lidar com nossas emoções. Seria muito proveitoso saber como dizer "sim" quando se quer dizer sim e "não" quando se deseja soltar um vigoroso "NÃO". Enquanto essa inovação não surge, sobram as lágrimas que derrama-se aos baldes em cada novo conflito ou embate. Tenho uma alma inquieta e sei que seria muito difícil normatizar isso tudo!

Mas sempre seguimos um roteiro em cada coisa. Acho que tenho assistido filmes em demasia... Sempre encaro as coisas já pensando no seu final. Nada é para sempre, a não ser as impressões que ficam guardadas em nossas almas, em nossos corações.

Tenho uma alma inquieta e uma vontade de sentir tudo demais, sei que vou sucumbir por conta desses desejos que não controlo. Minhas emoções se comportam como cavalos selvagens em campo vasto. É lindo demais sentir cada trote, perceber o rumo que eles tomam, só é sofrido deixar que eles me guiem. Sinto que meu coração jamais terá paz. A minha harmonia surge do caos. Céu quando há céu, infernos e torturas quando há dor.

Mas é um roteiro e logo surgirá uma nova história com flores, harpas, corações e o que há de mais Rodrigueano nos seres humanos (ou o que há de mais humano em Nelson Rodrigues!).

Sou pedaços de um todo que se funde nos outros, que se embriaga nas dores e alegrias alheias. Tenho o céu enluarado em mim, tenho os mistérios do amanhecer e das mágicas gotas de orvalho que encobrem as flores de meu jardim.

Sou a brisa serena que precede a terrível tempestade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lili, conheci seu blog através da lista da EDP amei o seu texto do perfil mulher. Vou copiar e colocar no meu orkut, pois penso muito parecido com vc, mas vou citar a fonte tá? Te conheci no CONUNE
bjs

Gal/Jequié-UESB