"Em pouco tempo não serás mais o que és..."
O mundo é o moinho dos sonhos, das desventuras, das (des)ilusões. Acredito nas fantasias alheias e as vivo com toda a força, com verdade. Ando na trilha das dores, dos afagos esquecidos, das promessas de céu azul e noites sem luar. Acredito na repetição de cenas e sempre creio ser um novo espetáculo... Mas o roteiro é sempre o mesmo.
Como a Procelária de Sophia: vou buscando "a rocha, o cabo, o cais". Fico atenta aos passos furtivos, às promessas que jamais serão realizadas. Por que insisto em sentir? Acho que sou filha dos ventos e tempestades. Aprecio o caos.
Tento encontrar sentido nas frases feitas de letras mortas. Na língua que só os que ousam sonhar correm o risco de compreender. Crio minhas dores ao acreditar em poetas.
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