22 de maio de 2009

Chove chuva!

Tem coisas que é melhor não falar, escrever ou lembrar... Passei uma borracha super potente em algumas coisas e uma mega-lixa para aparar umas arestas, o resto vem com o tempo!

E a falta de tempo às vezes pede um tempo e um hiato surge sem nem pestanejar. As coisas mais importantes dos últimos 15 segundos foram caladas, não afligem mais... Tô buscando tempo pra vibrar com a leveza das pequenas coisas.

Tenho tentado me encontrar com alguma coisa que sinto ter perdido, ou melhor, nunca percebi que tinha e era. Hoje me pergunto onde escondi essas coisas, foi uma pergunta tão fácil que fiz... Só me perguntei quem eu era! Óbvio que sei quem sou, mas o que inquieta é o espaço enorme que existe entre cada uma das nuances que dizemos ser ou ter. Procuro o espaço entre os elétrons da minha identidade... Na minha mania de pôr em ordem as coisas (coisa inquietante e obsessiva), departamentei cada um dos possíveis espaços vazios (?) com peças que se encaixam... Consegui codificar um desses campos e foi essa a minha pergunta fácil: Quem eu sou nesse aspecto de vida... De onde eu venho? É maluquice, bem sei!

Estou internalizando a minha compreensão de mundo, isso dói! Quebrar paradigmas e vencer obstáculos pelo simples fato de discordar desse modo de vida cruel representa romper com estruturas consolidadas que me formaram, estou forjada nessas bases e dói romper não com o mundo, mas em como eu vejo o mundo. É como o despertar de um estado de dormência. Quando visualizo e sinto os efeitos das coisas que não acredito, sinto-me sob franco ataque inimigo. Ergo bandeiras e empunho espadas em defesa de um sonho, de ideais, de igualdade. Construo a luta e minha arena é o cotidiano, é na minha casa que modifico as relações de poder, é na minha sala de aula que edifico minha visão de mundo, é na militância que luto com o arsenal que tenho!

Os meus sonhos não morrem, são forjados em ideais libertadores!

Avante!

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